No dia 29 de agosto é observado o dia nacional de combate ao fumo, tendo como objetivo reforçar as campanhas de mobilização e sensibilizar a população e os profissionais de saúde a respeito dos danos ambientais, políticos, sociais e econômicos do tabaco.
Embora outras formas de consumo de tabaco existam, como cigarros de palha e narguilés, o cigarro comum ainda é o mais utilizado pela maioria da população.
O fumante inala, por tragada, cerca de 4.720 substâncias tóxicas, entre elas 43 substâncias cancerígenas, além de resíduos radioativos e agrotóxicos. São alguns dos componentes inalados: monóxido de carbono, naftalina, fósforo e chumbo.
Ou seja, fumar causa diretamente mais de 50 doenças, entre elas: câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas. Segundo a OMS (organização Mundial De Saúde), o cigarro é a principal causa de morte evitável no mundo. Cerca de 63% dos óbitos relacionados as doenças crônicas não transmissíveis têm como responsável o cigarro.
O fumo funciona como qualquer outra droga, a nicotina presente em sua composição é a responsável por levar a sensação de prazer ao cérebro e fazer com que ele se acostume à substância. Com a inalação continua, o órgão precisa de doses cada vez maiores para reproduzir os efeitos do primeiro uso, o que leva o fumante ao vício.
E como toda droga, também são comuns os sinais de abstinência, tais como: dor de cabeça, irritabilidade, dificuldade de concentração, ansiedade e alterações de sono. Sinais que acabam estimulando o fumante a continuar com o uso, pelo tamanho desconforto proporcionado a princípio.
Outro ponto importante reside no fato da pessoa que fuma não estar prejudicando apenas a si mesma, mas todos ao seu redor, seja na rua, em casa ou no trabalho. A fumaça que sai da ponta do cigarro contém 50 vezes mais substâncias cancerígenas que aquela inalada pelo fumante. O fumante passivo pode vir a desenvolver desde reações alérgicas até doenças respiratórias e cardiovasculares, podendo até acarretar câncer.
Contudo, ainda há esperança para aqueles que querem lutar contra o vício. O SUS dispõe de uma estrutura especializada em ajudar aqueles que querem largar o cigarro, contando com acompanhamento psicológico e medicamentos como: terapia de reposição de nicotina por adesivo transdérmico, goma de mascar e pastilha, além do cloridrato de bupropiona.
Existem estimativas que o corpo leva cerca de 15 anos para se recuperar dos danos causados pelo cigarro, entretanto, com o tratamento correto e auxílio familiar, 15 anos podem ser enfrentados bem mais facilmente