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Dia Internacional da Enfermagem



A enfermagem mundial tem inúmeras personalidades importantes, mas são dois nomes que surgem ao falar da profissão, tanto dentro ou fora do país. São eles: Florence Nightingale, o patrono da enfermagem moderna, que nasceu em 12 de maio de 1820; e Ana Néri, uma pioneira brasileira que faleceu em 20 de maio de 1880. Tais datas devem ser relembradas pois é de 12 a 20 de maio que acontece a “Semana da Enfermagem”, instituída pelo decreto n° 48.202 de 1960, pelo então presidente Juscelino Kubitschek


Florence Nightingale nasceu em Florença, na Itália, e pertencia a uma rica família britânica que vivia na região. Em 1844, decidiu abandonar a vida da alta sociedade para seguir a sua vocação na enfermagem, o que era um problema na época, não apenas por ser mulher em uma sociedade patriarcal e machista, mas pela má fama que a enfermagem tinha até então.


Nightingale trabalhou duro para obter os conhecimentos necessários, mesmo com as dificuldades da época. Sua contribuição mais famosa ocorreu durante a Guerra da Crimeia (1854), na qual ela e um grupo de enfermeiras voluntárias, todas selecionadas e treinadas por Florence, partiram em direção a base britânica em Scutari (Criméia).


Lá os suprimentos eram escassos, as infecções eram comuns, a higiene era terrível e se perdiam muitos soldados. Nightingale então, munida não apenas de seus conhecimentos prévios, mas também após uma análise estatística da situação, conseguiu reverter o quadro, salvando vidas nos anos que se seguiram e promovendo um projeto sanitário adequado para os hospitais.


Florence também escreveu o famoso “Notes on Nursing” (1859), que serviu como base para o currículo de inúmeras escolas de enfermagem pelo mundo. Ela é conhecida como fundadora da enfermagem moderna por propor e realizar uma enfermagem científica e baseada em evidências, com estatísticas e teorias.


Já a heroína brasileira Ana Néri, apesar de não possuir nenhuma educação formal no que tange a enfermagem, demonstrou toda a coragem que a profissão necessita. Ela serviu em 1865 como Pioneira da enfermagem durante a campanha da guerra do Paraguai nos hospitais militares de Salto, Corrientes, Humaitá e Assunção.


Apesar da falta de condições e de pouca higiene, falta de materiais e excesso de doentes, ela conseguiu montar uma enfermaria modelo em assunção, que evitou salvou inúmeras vidas. Ao fim da guerra em 1870, retornou ao Brasil e foi altamente condecorada pelo então Imperador do Brasil Dom Pedro II.


A enfermagem vem enfrentando desafios desde sempre, no Brasil isso não é diferente, seja com a má remuneração, o excesso de trabalho, a falta de insumos e até mesmo estrutura. Com a chegada da pandemia, isso não mudou, muito pelo contrário, agora vemos enfermeiros e profissionais de enfermagem não apenas doentes, físico e mentalmente, mas também morrendo aos montes.


Nessa hora convém relembrar o heroísmo destes que salvam e cuidam de inúmeras vidas, apesar de todas as dificuldades apresentadas. Mas apenas homenagens e palmas não são suficientes para reconhecer este trabalho infinitamente importante. Desta forma, a principal reinvindicação atual da enfermagem brasileira é a aprovação do Projeto de Lei 2.564/2020 que visa instituir o piso salarial para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. O projeto em questão fixa o piso em R$ 7.315 para enfermeiros, R$ 5.120 para os técnicos de enfermagem e R$ 3.657 para os auxiliares de enfermagem e as parteiras.


Homenagens e textos são sim importantes, mas o principal reconhecimento vem por meio de ações tangíveis como a aprovação desta lei, como o respeito interprofissional e a valorização da enfermagem todos os dias, não apenas em época de pandemia.


“Acho que os sentimentos se perdem nas palavras. Todos deveriam ser transformados em ações, em ações que tragam resultados.” - Florence Nightingale.



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