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Dia da Imunização


No dia 9 de junho observa-se o dia da Imunização, que tem por objetivo conscientizar a população sobre a importância da vacinação.


Vacinas servem para estimular o organismo a criar defesas contra certos tipos de doenças. Elas fazem isso a partir de sua composição, por exemplo, se queremos uma vacina para gripe, é necessário ter o mesmo vírus em laboratório, só que fracionado e atenuado, ou seja, muito mais fraco e muito menos potente. Dessa forma, o sistema imunológico consegue reconhecer o vírus e criar defesas contra ele, antes que a doença comprometa o organismo.


O assunto tem tido muita atenção recentemente por causa da pandemia de Coronavírus. Muito se fala de vacinas em testes, e da demora para sua produção em escala, mas pouco realmente se fala da dificuldade e das etapas necessárias para sua produção de maneira segura e eficiente.


Ao todo existem 3 fases obrigatórias para o desenvolvimento de uma nova vacina, sendo cada uma pautada em um aspecto científico.


A primeira fase, chamada de exploratória ou laboratorial, ainda é restrita aos laboratórios e tem ênfase em segurança. Nesse momento são avaliadas inúmeras moléculas para a definição da melhor composição da vacina. Este processo é compreendido por: caracterização de matérias primas, limpeza de impurezas, descrição do processo de produção e formulação.


A segunda fase, chamada de Pré-clínica ou não clínica, tem sua ênfase na avaliação científica. Nesse momento são feitos testes em animais para a comprovação dos dados obtidos na primeira fase. Assim, os principais objetivos dessa fase são: aumento de estabilidade, continuar o desenvolvimento da formulação, controle de pontos críticos, caracterização do produto final.


A terceira fase, chamada de clínica, tem sua ênfase em controle e validação. Tendo como principais objetivos: Otimização do processo, especificações e consistência de produção em lotes. Para isso, a mesma é dividida em 3 etapas, sendo elas:

- 1ª etapa: Testa novamente a segurança do produto em grupos com poucos voluntários, entre 20 e 80 pessoas, geralmente em adultos saudáveis.

- 2ª etapa: analisa não só a segurança do produto, mas também sua eficácia, geralmente utilizando um grupo maior, podendo chegar a centenas de pessoas.

- 3ª etapa: nesse ponto novamente são testadas a segurança e a eficácia, entretanto, agora especificamente no público alvo da vacina em questão. Aqui os grupos utilizados podem chegar a milhares de participantes.


É importante ressaltar que o controle de qualidade se faz presente em todas as etapas de maneira rígida, o que garante a legitimidade de todo o processo.


Apesar de parecer curto, todo o processo, desde o momento de descoberta do microrganismo, até sua aprovação pelos órgãos competentes leva em média 10 anos. A produção de vacina mais rápida que temos o registro é a de Ebola que demorou cerca de 5 anos.


Por esses motivos a Vacina não deve ser tratada como uma “solução mágica” para os problemas que enfrentamos atualmente. Todas as medidas recomendadas pela OMS continuam sendo a nossa principal arma contra a pandemia pela qual estamos passando.

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