Anaisis Araújo
- Anaisis Araújo
- 26 de mar. de 2021
- 2 min de leitura

Ainda me lembro como se estivesse acontecido ontem, eu despertei com a sensação horrível de morte (?) “Você passou mal” “Você desmaiou” então novamente a mesma sensação só que agora eu já estava na ambulância e depois no pronto atendimento. Eu havia convulsionado pela primeira vez aos 19 anos e mal sabia eu que estava fadada ao risco de convulsionar pelo resto da minha vida.
Fiz alguns exames e fui internada com a esperança de não ser nada grave, todos os exames eram “normais”, isso era bom? Em partes sim, não era tumor, nem aneurisma, era EPILEPSIA.
O que é epilepsia?
Condição neurológica caracterizada por atividade excessiva e anormal das células cerebrais o que leva a convulsões. Gosto de pensar que meu cérebro é tãooo rápido que pode entrar em colapso. Sai do hospital depois de 5 dias com uma medicação de uso contínuo, como assim continuo? É, você vai toma-lá para sempre. Tomei uma cartela e quando acabou o que eu fiz? Isso mesmo, negação... parei de tomar “não é possível que só isso já seja o meu diagnóstico, meus exames são normais” Adivinhem? Convulsionei... Quando despertei tentei falar e minha voz não saia, pedi para Deus uma segunda chance e ele me forneceu, iria fazer tudo o mais certo possível. Tomo a medicação de forma correta, não tenho nenhuma limitação, convulsionei mais vezes, mas atualmente ultrapasso 1 ano e 3 meses sem nenhuma crise generalizada, isso é uma vitória tão grande! Tenho uma sorte que poucas pessoas tem, tenho uma epilepsia de fácil controle e sofri preconceito pouquíssimas vezes.
A cor que representa a epilepsia é o roxo devido a lavanda, uma flor associada a solidão que reflete o sentimento de isolamento que muitas pessoas epiléticas sentem. Falo abertamente da minha condição e acredito fielmente que quanto maior o fardo, maior a pessoa que o carrega. Eu sou grande, todos somos! Você não está sozinho!

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